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Advogados de defesa do ‘bonde dos mauricinhos’ alegam que vídeos divulgados são antigos

As imagens incluem atos de violência contra pessoas em situação de vulnerabilidade social e porte ilegal de armas.

Em um período inicial, três prisões temporárias foram decretadas (Foto: Reprodução)

Os advogados de defesa dos jovens conhecidos como o “bonde dos mauricinhos” realizaram uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (23), em frente ao 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), em Manaus, após a repercussão de vídeos que mostram o grupo cometendo diversos crimes na capital. As imagens incluem atos de violência contra pessoas em situação de vulnerabilidade social e porte ilegal de armas.

Na segunda-feira (21), uma ação conjunta das forças de segurança cumpriu três mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos, resultando na apreensão de celulares, equipamentos eletrônicos e munições calibre .380. Entre os envolvidos estão Marcos Vinícius Mota da Silva, Pedro Henrique de Carvalho Baima e Enrick Benigno Lima, que aparecem armados em vídeos, disparando tiros para o alto e incendiando áreas de mata em Manaus. A Polícia Civil solicitou a prisão temporária dos três, a qual foi acatada pela Justiça.

Durante a coletiva, Elcy Simões, advogado de defesa, afirmou que os jovens “são pessoas de bem” e que os vídeos são antigos, gravados há cerca de dois anos, quando alguns deles eram menores de idade. Segundo Simões, se os crimes tivessem sido investigados à época, seriam considerados atos infracionais.

“Esses vídeos são de um grupo de jovens que, como muitos adolescentes, cometeram atos irresponsáveis e reprováveis”, disse o advogado. Ele também justificou que a arma vista nas imagens pertencia a um vigia de uma empresa ligada a um dos suspeitos. No entanto, a operação policial encontrou munições nas residências, o que contradiz essa versão.

Sobre os vídeos em que os jovens aparecem jogando água em moradores de rua, Simões argumentou que as pessoas eram amigos deles, que estariam saindo de uma festa na Arena da Amazônia, uma versão que diverge das interpretações apresentadas pela imprensa.

O advogado Afimar Cabo Verde, que também representa um dos acusados, destacou que a defesa ainda não teve acesso aos documentos judiciais e que seus clientes, sem antecedentes criminais, estão sendo prejudicados pela exposição midiática.

O caso segue sendo investigado, enquanto os advogados se preparam para responder às alegações feitas contra seus clientes.

*Com informações do portal Canal 92 AM

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