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Aneel tem 48h para concluir transferência de concessão da Amazonas Energia

Aneel tem 48h para concluir transferência de concessão da Amazonas Energia
Aneel tem 48h para concluir transferência de concessão da Amazonas Energia

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tem 48 horas para concluir a transferência da concessão da Amazonas Energia para a Futura Venture Capital Participações Ltda e o Fundo de Investimento em Participações Infraestrutura Milão (FIP Milão), controlados pelo grupo J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista. A determinação é da juíza federal Jaiza Maria Pinto Fraxe, da 1ª Vara Federal do Amazonas.

A ação foi movida pela própria Amazonas Energia, que alega que a Aneel estaria adiando deliberadamente o processo de transferência, na expectativa de que a Medida Provisória 1.232/2024, que regulamenta a troca de controladores, perca a validade em 12 de outubro. A concessionária enfrenta uma grave crise financeira, com dívidas estimadas em R$ 11 bilhões, e alertou sobre riscos de colapso no fornecimento de energia no estado se a situação não for resolvida.

Embora a Aneel afirme que o processo está em andamento, a juíza destacou a urgência da situação e determinou que a agência cumpra as normas da MP 1.232/2024. Um ponto central da decisão é a aprovação do plano de controle societário, essencial para a transferência. A juíza também mencionou a Conta de Energia de Reserva (CER), que permitirá à Amazonas Energia repassar parte de seus custos para os consumidores.

No entanto, a medida gera polêmica. Um estudo da TR Soluções aponta que a MP poderá impactar negativamente as tarifas de energia, especialmente para famílias de baixa renda nas regiões Norte e Nordeste, com aumentos que variam entre R$ 3,64 e R$ 5,71 por Megawatt-hora (MWh). A mudança nos encargos pode também repercutir nos preços de produtos, afetando a indústria.

A situação permanece tensa, com a Aneel enfrentando acusações de litigância de má-fé por parte da Amazonas Energia, enquanto a crise financeira da concessionária se agrava e os consumidores se preocupam com os possíveis aumentos nas tarifas.

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