O capitão da Polícia Militar Francisco Bruno Almeida Furtado, principal alvo da Operação Joeira, é considerado foragido, de acordo com informações do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO). Furtado, que comandava o policiamento em Boca do Acre, no interior do Amazonas, é acusado de envolvimento em uma série de crimes, como corrupção, peculato, associação criminosa, furto qualificado e falsidade ideológica. Ele é apontado como um dos responsáveis pela cobrança de “rachadinhas” dentro da PM e pela extorsão de civis.
A operação, que foi realizada simultaneamente em Manaus e Boca do Acre, visou desarticular uma organização criminosa composta por policiais militares, um policial civil e civis. As investigações revelaram que o grupo usava suas funções públicas para cometer diversos crimes e obter vantagens ilícitas. Entre os crimes apurados está o desvio de recursos públicos, com a suspeita de que os envolvidos utilizavam a estrutura da polícia para enriquecer de forma ilícita.
Durante a operação, foram apreendidos mais de R$ 30 mil em espécie, além de bens de luxo em um condomínio de alto padrão na Zona Oeste de Manaus. Também foram encontrados materiais que indicam envolvimento com substâncias entorpecentes, reforçando a gravidade dos crimes cometidos pelo grupo.
O GAECO destacou que, além de desmantelar a organização criminosa, a operação tem como objetivo garantir a reparação dos danos causados, com mais de R$ 1 milhão em valores já bloqueados para ressarcir os prejuízos, incluindo os danos ao Estado do Amazonas. A investigação continua em andamento, e as autoridades fazem um apelo para que a população ajude na localização do capitão Furtado, que segue foragido.
As autoridades reforçam que qualquer informação sobre o paradeiro do capitão pode ser repassada de forma anônima, a fim de ajudar na captura do acusado e na continuidade das investigações.