A poucos dias das eleições presidenciais nos Estados Unidos, Jair Bolsonaro (PL) manifestou seu apoio público ao candidato republicano Donald Trump, que tenta retornar à presidência norte-americana. Em um vídeo divulgado neste domingo (3), Bolsonaro descreveu Trump como “a certeza de um mundo melhor” e aproveitou para comentar sua própria situação de inelegibilidade no Brasil, alegando estar “inelegível sem ter cometido um crime sequer”.
No vídeo, o ex-presidente brasileiro enalteceu a candidatura de Trump como um caminho para a estabilidade internacional, algo que, segundo ele, foi abalado desde que o republicano deixou a Casa Branca. “Em seu governo, os Estados Unidos projetavam poder. Não tivemos guerras e a paz se fez presente em todo o globo. Hoje, vemos guerras, a volta do terrorismo e a censura aprisionando a todos. A volta de Trump é a certeza de um mundo melhor, sem guerras, terrorismo e o retorno da liberdade em toda a sua plenitude”, afirmou Bolsonaro, expressando apoio a uma eventual nova gestão de Trump.
Desde sua presidência, Bolsonaro procurou estreitar laços com lideranças conservadoras globais, estabelecendo Trump como uma de suas referências. Durante o mandato, o brasileiro intensificou relações com os EUA, vendo em Trump um parceiro alinhado com políticas de direita e valores nacionalistas. Esse posicionamento reforça a imagem de Bolsonaro entre eleitores que compartilham essas pautas, tanto no Brasil quanto fora do país.
Ainda em vídeo, o ex-presidente do Brasil referiu-se a Trump como “o maior líder conservador da atualidade” e declarou que sua volta ao poder representaria uma era de paz e liberdade, promovendo valores como família, propriedade privada e liberdade de expressão. “Em nome dos brasileiros que amam Deus, amam o Estado de Israel, respeitam a família, a propriedade privada, o livre-comércio e a liberdade de expressão, os nossos votos de sucesso”, declarou.
A fala de Jair também trouxe à tona sua situação política no Brasil, marcada por sua inelegibilidade, resultado de condenações pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político. Ao afirmar estar “inelegível sem ter cometido um crime sequer”, Bolsonaro parece aproximar sua situação da de Trump, que também enfrenta barreiras legais em sua busca pela liderança política.
Essa manifestação de apoio é parte da estratégia de Bolsonaro para se posicionar como um representante de uma agenda conservadora que ultrapassa fronteiras nacionais, unindo seguidores que se identificam com esses valores e com a visão de mundo que, segundo ele, está em risco atualmente.
No pleito dos Estados Unidos, previsto para ocorrer nesta terça-feira (5/11), Trump concorre com a democrata Kamala Harris.