Antônio Chelton de Oliveira Lopes, de 25 anos, conhecido como ‘Oliveira’, foi preso nesta quarta-feira (24), suspeito de participar na morte da babá Geovana Costa Martins, 20, encontrada no dia 20 de agosto, em uma área de mata, no bairro Tarumã-Açú, Zona Oeste de Manaus. O acusado já tinha passagem pela polícia.
Segundo informações da Polícia Civil (PC-AM), ‘Oliveria’ é suspeito de ajudar Camila Barroso, patroa de Geovana, a sequestrar a jovem e se ‘livrar’ do corpo após o crime. Ele foi preso no no bairro São Raimundo, também na Zona Oeste da capital.
Antônio já tinha sido preso em 2023 por integrar um grupo criminoso que seduzia mulheres com alto poder aquisitivo para roubar seus carros de luxo. A quadrilha conquistava a confiança das vítima e, em seguida, realizava os roubos.
Agentes da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (Dehs) prenderam Camila Barroso no dia 28 de agosto após a polícia ter acesso a fotos que mostram a jovem deitada em uma cama com sinais de tortura pelo corpo.
O caso gerou grande repercussão nas redes sociais devido à brutalidade do crime e à suspeita de envolvimento da patroa de Geovana, com quem a vítima mantinha um relacionamento profissional de confiança.
Relembre o caso
A jovem Geovana Costa Martins, de 20 anos, foi encontrada morta em uma área de mata no dia 20 de agosto, na margem da alameda do Bosque, no bairro Tarumã-Açú, Zona Oeste de Manaus. A vítima desapareceu no dia anterior após sair da casa onde trabalhava como babá no bairro Petrópolis, Zona Sul. A família fez o reconhecimento do corpo no dia 26 de agosto.
Geovana vestia uma blusa preta, uma camisa azul por baixo e uma bermuda jeans quando foi localizada. Uma folha de árvore cobria seu corpo, que apresentava sinais de tortura.
Segundo as investigações, a vítima foi contratada para trabalhar como babá e depois começou a ser aliciada e explorada sexualmente pela patroa, Camila Barroso. A residência onde ela morava funcionava como uma casa de massagens onde era realizado o crime.
A polícia explica que no inicio, Geovana foi contratada por Camila para trabalhar como babá. Em seguida, a patroa da jovem começou a aliciar a vítima oferecendo luxo e privilégios. A partir disso, começou a obrigar que Geovana não saísse mais da casa e fizesse programas sexuais, além de proibir que a jovem tivesse contato com outras pessoas.
Segundo a adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (Dehs), Marília Campello, as fotos que circularam nas redes sociais onde Geovana aparece espancada em cima de uma cama foram tiradas dentro da casa onde ela morava com Camila. No dia 19, antes mesmo da babá ser dada como desaparecida, a suspeita enviou uma mensagem para a proprietária do local informando que iria se mudar.
Camila também acompanhou a mãe de Geovana na delegacia para registrar um Boletim de Ocorrência (BO) sobre o desaparecimento. Além de ter ido ao velório da jovem e ter sido vista chorando bastante alegando que era “uma segunda mãe” da vítima.
Foto: Reprodução/Montagem