O Amazonas alcançou em outubro de 2024 uma Corrente de Comércio de US$ 1,43 bilhão, representando a soma das exportações e importações. Os dados, divulgados pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), apontam crescimento de 15,2% em relação ao mês anterior, apesar do déficit de US$ 1,32 bilhão.
As exportações somaram US$ 56,42 milhões, enquanto as importações atingiram US$ 1,37 bilhão. O ouro em outras formas semimanufaturadas e outros suportes gravados foram os destaques nas transações comerciais do estado, reforçando a importância estratégica do comércio exterior para a economia regional.
Alemanha lidera exportações
A Alemanha se consolidou como principal destino das exportações amazonenses em outubro. O ouro em outras formas semimanufaturadas respondeu por 99,76% das vendas ao país, gerando uma receita de US$ 14,30 milhões.
Na América do Sul, a Venezuela destacou-se como o segundo maior comprador, importando US$ 6,19 milhões em outras preparações alimentícias, o equivalente a 89,24% das exportações para o país vizinho.
China e EUA
As importações foram lideradas pela China, com um total de US$ 1,37 bilhão. Entre os produtos, outros suportes gravados representaram 17,99% desse volume, somando US$ 99,32 milhões.
Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com destaque para outros óleos de petróleo ou de minerais betuminosos e preparações, que representaram 41,52% do volume importado pelo Amazonas, totalizando US$ 61,34 milhões.
Desempenho dos municípios do interior
Os municípios do interior do estado também contribuíram para o comércio exterior. Presidente Figueiredo liderou as exportações, com US$ 5,70 milhões em ferro-ligas enviadas à China. Borba destacou-se com a venda de pedras preciosas (exceto diamantes) para os Estados Unidos, somando US$ 201,61 mil.
Nas importações, Itacoatiara foi o principal município, registrando compras de US$ 14,15 milhões em óleos de petróleo ou de minerais betuminosos vindos da Rússia. Iranduba importou US$ 907,99 mil em chapas e tiras de alumínio da China.
Impacto econômico e projeções
Josenete Cavalcante, chefe do Departamento de Estatística e Geoprocessamento (Degeo) da Sedecti, destacou que o desempenho foi positivo, mesmo diante do impacto da estiagem que afeta a região.
“Com todos os esforços do Governo do Amazonas, conseguimos segurar a economia no que se refere à chegada de insumos para o desenvolvimento de produtos. Estamos otimistas para fechar o ano com números ainda melhores”, afirmou.
Monitoramento estratégico e transparência
Os dados integram o estudo mensal da Balança Comercial do Amazonas, disponível no Portal do Planejamento. O levantamento auxilia na formulação de políticas públicas, contribuindo para o fortalecimento da economia regional.
Com exportações em alta e uma base de importação sólida, o Amazonas continua a se posicionar como um dos estados mais relevantes nas relações comerciais internacionais do Brasil.