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Defensoria Pública do Amazonas vai investigar caso de parto em corredor da Maternidade Ana Braga

Defensoria Pública do Amazonas deve investigar caso de parto em corredor da Maternidade Ana Braga
Defensoria Pública do Amazonas deve investigar caso de parto em corredor da Maternidade Ana Braga

A Defensoria Pública do Amazonas (DPE/AM) anunciou a abertura de uma investigação sobre o parto ocorrido no chão dos corredores da Maternidade Ana Braga, no bairro São José, Zona Leste de Manaus. O incidente, que aconteceu em 27 de maio deste ano, voltou a ganhar atenção pública após um vídeo mostrando o momento do parto viralizar nas redes sociais.

O vídeo, gravado por pacientes que aguardavam atendimento na recepção da maternidade, mostra uma mulher em trabalho de parto no chão do corredor, assistida por uma profissional de saúde. A mãe, visivelmente em trabalho de parto, está de joelhos enquanto o bebê é entregue às mãos da equipe médica.

Em entrevista à CENARIUM, a Defensora Pública Caroline Souza informou que o Comitê de Enfrentamento à Violência Obstétrica, criado em 2016, será responsável por iniciar as investigações. Caroline explicou que o comitê está aguardando dados sobre a gestante para conduzir a investigação, que buscará esclarecer se houve falhas nos procedimentos de atendimento da maternidade.

“Vamos oficializar as autoridades responsáveis e obter todos os detalhes do caso para verificar possíveis falhas no serviço prestado pela unidade hospitalar”, afirmou Caroline Souza.

A investigação será conduzida pelo Comitê de Enfrentamento à Violência Obstétrica, um grupo formado após diversas denúncias de violência obstétrica em Manaus. O comitê, apoiado pelo Ministério Público Federal (MPF), busca assegurar os direitos das mulheres durante o pré-parto, parto e pós-parto, contando com a colaboração de instituições como a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

Em resposta ao caso, a SES-AM esclareceu que, após a chegada da paciente à maternidade, ela entrou em trabalho de parto e foi prontamente encaminhada para a sala de parto. A nota da pasta informou que a mãe e a criança foram submetidas a todos os exames e procedimentos necessários e receberam alta médica dois dias após o parto.

A Maternidade Ana Braga, inaugurada em 10 de maio de 2004, é a maior do Amazonas e é considerada referência em atendimento obstétrico. Com 257 leitos e vários programas de saúde materno-infantil, a unidade busca reduzir as taxas de mortalidade materna e neonatal.

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