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Política

Defesa de Eduardo Braga se pronuncia sobre suposto envolvimento em esquema de corrupção

Defesa de Eduardo Braga se pronuncia sobre suposto envolvimento em esquema de corrupção
Defesa de Eduardo Braga se pronuncia sobre suposto envolvimento em esquema de corrupção

A defesa do senador Eduardo Braga (MDB) contestou na tarde desta sexta-feira (20), o indiciamento realizado pela Polícia Federal (PF) contra ele, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR). Os três são acusados de favorecimento ao grupo farmacêutico Hypera Pharma, anteriormente conhecido como Hypermarcas, durante sua atuação no Congresso Nacional.

Em nota enviada ao A Crítica, o advogado Fabiano Silveira afirmou que as acusações são “ilações esdrúxulas” e carecem de suporte nos elementos do inquérito. Silveira destacou que não há evidências de que Braga tenha mantido contato com o delator e criticou a mudança de versão do depoente, ocorrida quatro anos após os fatos. “Não tenho dúvidas de que o inquérito será arquivado. Triste, porém, é ver mais um episódio de vazamento ilegal”, declarou.

A investigação, que se arrastou por seis anos em segredo de Justiça, foi enviada ao relator do caso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, no mês passado. Fachin, por sua vez, encaminhou os autos à Procuradoria-Geral da República (PGR), que agora analisa se haverá denúncia formal contra os senadores.

O inquérito apura um suposto recebimento de R$ 20 milhões por parte dos senadores do MDB, oriundos da antiga Hypermarcas, por meio do empresário Milton Lyra. A acusação sustenta que os valores teriam sido pagos para garantir a aprovação de um projeto de lei entre 2014 e 2015 que concederia incentivos fiscais a empresas. Além disso, a investigação alega que Renan Calheiros indicou um nome para a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com o intuito de atender aos interesses do grupo farmacêutico.

Este desdobramento faz parte da extinta Operação Lava Jato e se originou em 2018, após a delação do ex-diretor da Hypermarcas, Nelson Mello, que revelou a existência de contratos fictícios com empresas indicadas por Milton Lyra, destinados a repassar recursos aos senadores.

A expectativa agora recai sobre a PGR e a eventual decisão do procurador-geral Paulo Gonet sobre os próximos passos da investigação.

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