O Departamento Nacional de Transportes (Dnit) no Amazonas anunciou nesta quarta-feira (8) a retomada da proibição do tráfego de veículos pesados na rodovia BR-319. A medida, que estará em vigor até junho de 2025, restringe a circulação de cargas com capacidade acima de 45 toneladas na região. A portaria recente revoga uma decisão anterior que permitia a passagem desses veículos.
Entre os motivos para a reimplementação da restrição estão a melhora nos níveis dos rios do Amazonas, o que normalizou a navegação hidroviária, e as condições precárias da infraestrutura da BR-319. Segundo o Dnit, as pontes provisórias de madeira ao longo da rodovia suportam apenas cargas de até 36 toneladas. Além disso, a estação chuvosa foi apontada como um período crítico para a manutenção da trafegabilidade e segurança dos usuários.
Consequências para quem descumprir
O Dnit alertou que o descumprimento da portaria pode resultar em responsabilizações financeiras e criminais. Em casos de pane ou impedimento durante a travessia, a remoção dos veículos será feita pelo Dnit, mas os custos serão arcados pelos usuários infratores. Além disso, quem causar danos ao patrimônio público estará sujeito às penalidades previstas por lei.
Histórico de flexibilizações
Em setembro do ano passado, o Dnit enfrentou pressão política após restringir o tráfego de veículos acima de 23 toneladas na BR-319, medida vigente desde agosto. A decisão foi revertida para permitir a circulação entre 8h e 18h, diante do agravamento da estiagem na região, das restrições de navegação no rio Madeira e dos decretos de emergência emitidos pelos governos locais.
Agora, com a volta das chuvas e a recuperação da navegação fluvial, o Dnit reafirma a necessidade de priorizar a segurança e a preservação da infraestrutura da rodovia. A medida, embora impactante para o transporte de cargas pesadas, visa prevenir danos maiores durante o período crítico.
Impactos e expectativas
A suspensão do tráfego de veículos pesados na BR-319 deve influenciar significativamente o transporte de mercadorias na região, direcionando parte das operações para as rotas hidroviárias. Apesar disso, a decisão também reforça a necessidade de soluções estruturais e planejamento logístico integrado no Amazonas.
Com a previsão de liberação em junho de 2025, os próximos meses serão decisivos para a avaliação do impacto da medida e para a formulação de estratégias que minimizem transtornos para a população e o setor produtivo.