O secretário executivo da Defesa Civil do Estado, coronel Clovis Araújo, confirmou na manhã desta terça-feira (8), que a área do porto onde ocorreu o desmoronamento é de propriedade particular. O proprietário do porto, identificado como o empresário José Maria, já foi notificado e deverá prestar esclarecimentos.
Segundo o coronel, há suspeitas de que obras de terraplanagem e aterramento, supostamente conduzidas por José Maria, possam ter contribuído para o incidente. Imagens gravadas por moradores locais mostram fissuras no solo, reforçando essa hipótese.
O delegado Mauro Soares, titular da Delegacia Interativa de Polícia (DIP), informou que a prioridade das autoridades é a busca pelos desaparecidos após o desbarrancamento do Porto Terra Preta, no município de Manacapuru, região metropolitana de Manaus.
Equipes do Corpo de Bombeiros, além de agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-AM), estão no local para apoiar as buscas e a análise do terreno. Até o momento, nenhuma placa que indicasse a autorização da obra foi encontrada, o que pode indicar irregularidades no processo de construção.
O coronel Clovis Araújo enfatizou a importância de vigilância por parte da população, especialmente em áreas de risco. O caso chamou a atenção do Ministério Público do Amazonas, que também deve investigar as condições que levaram ao desabamento. Enquanto isso, a comunidade de Manacapuru aguarda por respostas e, principalmente, pela localização das vítimas ainda desaparecidas.