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Em uma semana, operação contra garimpo ilegal destrói 459 balsas usadas no Amazonas

Cerca de 15 mil indígenas que vivem em seis territórios localizados em áreas próximas serão beneficiados com a operação contra a atividade criminosa (Foto: Divulgação/Funai)

Em sete dias, a Operação Prensa destruiu 459 balsas de garimpo ilegal na calha do Rio Madeira, no Amazonas. A ação conjunta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Polícia Federal (PF) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) superou o recorde da Operação Draga Zero, deflagrada em 2023 na mesma região.

Na época, os órgãos destruíram 302 balsas utilizadas por garimpeiros. A Operação Prensa teve início na terça-feira, 20, e segue nos próximos dias. Esta é uma das maiores operações contra o garimpo já realizada no Brasil.

As balsas ou dragas utilizadas pelo garimpo ilegal são estruturas com uma ponta chamada de “abacaxi” e uma tubulação conectadas a uma motobomba acoplada em um motor a diesel. A ponta perfura o leito do rio revirando os sedimentos, enquanto a motobomba suga a água e a despeja novamente no rio. Nesse processo, também é utilizado o mercúrio, que contamina a água e mata os peixes da área.

A deterioração da qualidade da água prejudica diretamente as comunidades indígenas, já que muitas dessas balsas estão localizadas em frente a territórios tradicionalmente ocupados. Cerca de 15 mil indígenas que vivem em seis territórios localizados em áreas próximas serão beneficiados com a operação contra a atividade criminosa.

A Operação Prensa reforça o compromisso do Governo Federal com a promoção e proteção dos direitos indígenas, bem como com a preservação ambiental. O objetivo é inutilizar as estruturas do garimpo para inviabilizar o retorno dos criminosos à região.

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