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Empresa de Manaus é flagrada com mais de 3 toneladas de alimentos vencidos e falsificados em estoque

Entre os itens recolhidos pela Adaf estavam queijo muçarela, presunto, mortadela e linguiça calabresa.

Produtos estavam com prazo de validade vencido, fatiados sem autorização da autarquia e apresentavam selos de inspeção falsificados (Foto: Divulgação/Adaf)

Nesta quarta-feira (27), a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) apreendeu mais de três toneladas de alimentos irregulares em um estabelecimento localizado no conjunto Parque das Nações, bairro Flores, Zona Centro-Sul de Manaus. A operação revelou práticas graves, como o uso de selos de inspeção falsificados, alimentos fora do prazo de validade e atividades não autorizadas de fatiamento e reembalagem de produtos.

Entre os itens recolhidos estavam queijo muçarela, presunto, mortadela e linguiça calabresa. Os fiscais constataram que nove funcionários realizavam o fracionamento e a reembalagem dos produtos em um espaço improvisado dentro de uma câmara frigorífica desativada, sem as condições sanitárias adequadas.

O proprietário do estabelecimento, que possui alvará municipal para venda de produtos no atacado, confessou o uso de selos de inspeção falsificados e a prática de fatiamento irregular. No entanto, ele negou que os alimentos fora do prazo de validade seriam vendidos ao consumidor final.

Fiscais da Gerência de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Gipoa) interditaram os equipamentos utilizados no processamento, emitiram auto de infração e apreenderam 33,5 mil etiquetas falsificadas que seriam utilizadas para reembalar os produtos. Segundo Leonardo Assis, fiscal agropecuário da Adaf, o estabelecimento processava diariamente entre 500 e 600 quilos de alimentos.

“Constatamos que é um local que fracionava frios, presuntos, queijos, sem ter um serviço de Inspeção estadual nem federal. Nos rótulos dos produtos constava alusão a um serviço de Inspeção Municipal. Mas sabemos que em Manaus não existe o serviço”, explicou Leonardo.

Todo o material apreendido foi enviado ao aterro sanitário para destruição. A operação foi desencadeada após uma denúncia registrada na Ouvidoria da Adaf e contou com o apoio da Delegacia Especializada em Crimes contra o Consumidor (Decon-AM).

O empresário tem um prazo de 30 dias para apresentar defesa, que será analisada pela equipe jurídica da Adaf. As penalidades podem incluir multas e outras sanções, dependendo da gravidade das infrações identificadas.

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