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Evento discute políticas públicas para mulheres de Manaus neste sábado (31)

Evento discute políticas públicas para mulheres da cidade de Manaus neste sábado (31)
Com organização de Michelle Andrews, candidata à vereadora, e participação de Marcelo Ramos, candidato à Prefeitura, o encontro aborda questões urgentes para todas as vivências de mulheres de capital amazonense

O contexto de violência e desigualdade que afeta as mulheres em Manaus é alarmante e será o foco principal do evento “Mulheres em Movimento”, organizado pela candidata a vereadora Michelle Andrews (PCdoB). O encontro, que também contará com a presença de Marcelo Ramos (PT), candidato à Prefeitura de Manaus, ambos da Federação Brasil da Esperança, está marcado para o dia 31 de agosto, às 18h, no Impact Hub.

Os números falam por si: de acordo com o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho de 2024, o Amazonas registrou um aumento de 9,5% nos casos de feminicídio. Além disso, dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) revelam que os casos confirmados de violência contra a mulher aumentaram 42,9% entre 2021 e 2023. Esses índices evidenciam a necessidade de políticas públicas eficazes para proteger as mulheres e garantir seus direitos.

A violência política de gênero é outro tema central do encontro. Dados do Observatório da Mulher contra a Violência (OMV) mostram que uma em cada três mulheres que atuam na política já foi discriminada por causa de seu gênero, número três vezes maior que o dos homens, conforme boletim divulgado em abril de 2023. Desde agosto de 2021, a violência política contra a mulher passou a ser reconhecida como crime pela Lei nº 14.192, que define essa agressão como qualquer forma de violência física, psicológica, econômica, simbólica ou sexual, com o objetivo de impedir ou restringir o acesso e exercício de funções públicas.

A situação da comunidade LGBTQIAP+ também será abordada. O Brasil mantém, pelo 14º ano consecutivo, a liderança no ranking mundial de assassinatos de pessoas trans, segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (Antra). Em 2022, foram registrados 131 assassinatos de pessoas trans no país, 130 delas mulheres transexuais e travestis. Esses números evidenciam a urgência de discussões e ações concretas para proteger essas vidas.

A falta de infraestrutura de apoio para as mulheres em Manaus também será tema de debate. Atualmente, a cidade conta com apenas 23 creches municipais, onde as vagas são distribuídas por sorteio, uma realidade que impacta diretamente a vida das mães trabalhadoras, especialmente as de baixa renda.

Para a candidata a vereadora, Michelle Andrews, conhecida por seu trabalho como produtora cultural, a iniciativa visa ampliar o diálogo sobre esses temas urgentes. “Precisamos discutir e agir sobre essas questões com a máxima urgência. Os dados não mentem, e é nosso dever transformar esses números em políticas que realmente atendam a todas as mulheres, em todas as suas vivências”, afirma a candidata. Evento será para todas as vivências de mulheres.

Além das discussões, o evento incluirá a apresentação de propostas estruturantes de políticas públicas voltadas para as mulheres de Manaus, junto ao candidato à Prefeitura de Manaus, Marcelo Ramos, e a assinatura de uma carta de compromisso com a União de Mulheres Brasileira do Amazonas (UBM). Artistas da cena cultural manauara também participarão do encontro, que buscará apoio à vaquinha eleitoral, fundamental para a continuidade das campanhas femininas progressistas na cidade.

De Michelle para as mulheres

Michelle Andrews, como integrante da ‘Bancada Coletiva’ do PSOL, obteve 7.662 mil votos e foi a quinta candidatura mais votada em 2020, mas não alcançou o quociente eleitoral. Em 2022, com a Bancada das Manas, ela alcançou 11 mil votos, destacando-se como uma das mulheres mais votadas da Federação Brasil da Esperança no Amazonas. Com atuação desde 2004 em projetos culturais e sociais nas periferias de Manaus, Michelle é uma defensora dos direitos humanos, das mulheres e das causas antirracistas, além de ser uma aliada ativa dos movimentos LGBTQIAP+.

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