O governo federal atingiu um marco significativo ao contratar 1 milhão de unidades habitacionais pelo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), metade da meta prevista para até 2026. A marca foi atingida com a assinatura de uma portaria pelo ministro das Cidades, Jader Filho, nesta terça-feira (17), que autorizou a contratação de 3.742 moradias na modalidade rural do programa.
Recriado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no início de 2023, o Minha Casa, Minha Vida é um dos principais pilares das gestões petistas voltadas à área social. Na versão atual, o governo aumentou os subsídios para a compra dos imóveis e reajustou o limite de renda familiar bruta para o enquadramento dos beneficiários, ampliando o alcance do programa.
Do total de unidades contratadas até setembro de 2024, mais de 400 mil foram destinadas à faixa 1, que beneficia famílias com renda bruta mensal de até R$ 2.850. Outras 256 mil unidades atenderam à faixa 2, voltada a famílias com renda de até R$ 4.700, enquanto a faixa 3 inclui aqueles com renda de até R$ 8 mil.
O MCMV oferece financiamentos com taxas de juros fixas, uma proteção em relação às variações da Selic, que pode ser elevada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira (18). As taxas atuais para a faixa 1 são de 4% ao ano para as regiões Norte e Nordeste, e 4,25% nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Contudo, o cenário de alta da Selic traz preocupações sobre uma possível pressão nas taxas do programa no futuro.
A marca de 1 milhão de moradias reflete o esforço do governo em ampliar o acesso à habitação popular e reduzir o déficit habitacional no Brasil, especialmente para as famílias de baixa renda.
Foto: João Viana/Semcom