O governo anunciou, nesta segunda-feira (19), a desclassificação de candidatos que não preencheram corretamente a identificação do cartão de respostas no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), realizado no último domingo (18). A medida, que foi tomada após consulta à banca aplicadora e parecer jurídico, vai aumentar o número de eliminados, que já somava 500 candidatos.
A desclassificação será aplicada a todos os participantes que deixaram de informar o tipo e o bloco da prova no cartão de respostas. Mesmo aqueles que tiveram bom desempenho nas questões perderão a chance de concorrer às vagas por não seguirem corretamente as instruções de preenchimento. O Ministério da Gestão defendeu a decisão, afirmando que o edital do concurso foi claro quanto à necessidade de completar corretamente todas as informações na folha de respostas.
Polêmica nas redes sociais
Nas redes sociais, a decisão tem gerado controvérsias. Diversos candidatos relataram confusão durante o preenchimento do cartão de respostas, mencionando que receberam orientações inconsistentes dos fiscais de prova. Apesar dessas reclamações, o governo sustentou que as instruções estavam claramente indicadas na folha de rosto da prova, ressaltando que o preenchimento correto era essencial devido à divisão das provas em blocos, que apresentavam a mesma quantidade de questões, mas em ordens diferentes.
Crescimento no número de eliminados
A expectativa agora é de que o número de desclassificados aumente significativamente à medida que as provas sejam corrigidas. Além do preenchimento incorreto do cartão de respostas, outras razões para eliminação no CPNU 2024 incluem tentar colar, utilizar dispositivos eletrônicos durante a prova, ou recusar-se a devolver o caderno de questões ao final do exame.
Com 970 mil candidatos efetivos, a primeira edição do CPNU, também chamado de “Enem dos Concursos”, tem gerado debates sobre a rigidez das regras e o impacto das falhas cometidas durante a aplicação do exame.