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Economia

Indicado por Lula, Gabriel Galípolo é aprovado para presidência do Banco Central

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Na noite desta terça-feira (8), o Senado Federal aprovou, com 66 votos declarados e 5 contrários, a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central. Mais cedo, o nome do economista já havia sido aprovado por unanimidade na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), após uma sabatina que durou cerca de quatro horas.

Durante a sessão, o relator da indicação e líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), apresentou Galípolo como um nome alinhado com os interesses da política econômica e monetária defendida pelo governo. O novo presidente do Banco Central substituirá Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), cujo mandato à frente da instituição se encerra em 31 de dezembro de 2024.

A sabatina, que ocorreu na CAE, foi marcada por questionamentos recorrentes sobre a taxa de juros, autonomia do Banco Central e pressões políticas sobre decisões econômicas. Apesar disso, senadores de diferentes bancadas referiram-se a Galípolo como “presidente” durante a sessão, antecipando a provável aprovação de seu nome no plenário.

O economista foi nomeado para a diretoria do Banco Central em agosto de 2023, como diretor de Política Monetária, sendo a primeira indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para compor a diretoria da instituição neste mandato. Antes disso, Galípolo era secretário-executivo do Ministério da Fazenda, atuando como braço direito do ministro Fernando Haddad, de quem é considerado um aliado próximo.

Desde sua nomeação, Galípolo dedicou uma intensa agenda de conversas e reuniões com senadores, tanto da base aliada quanto da oposição, buscando apoio para sua comunicação no cargo. A última etapa dessa peregrinação ocorreu na segunda-feira (7), quando se reuniu com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), acompanhado de Haddad e Jaques Wagner.

Galípolo – Trajetória e desafios à frente do Banco Central

Gabriel Galípolo é economista e participou da campanha presidencial de Lula em 2021, atuando como conselheiro econômico. Após a vitória de Lula, integrou a equipe de transição e, logo após a posse, assumiu a posição de número dois do Ministério da Fazenda, como secretário-executivo. Em 2023, foi nomeado para o cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central, cargo que ocupa até o momento.

Entre os principais desafios do Galípolo à frente do Banco Central estão a manutenção da autonomia da instituição e a condução da política monetária em meio a pressão por parte do governo e do mercado financeiro. A indicação foi cercada de expectativas sobre o impacto de que sua gestão pode ter no controle da inflação e no comportamento das taxas de juros.

Salário permanece inalterado

Embora assuma a carga mais alta do Banco Central, o salário do Galípolo não sofrerá alteração. O economista continuará recebendo R$ 18.887,14 de rendimento bruto mensal, conforme os dados do Portal da Transparência, valor equivalente aos demais diretores da autoridade monetária. Com as deduções de impostos e previdência, o salário líquido fica em R$ 13.930,25.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

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