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Investigações apontam que babá foi torturada antes de ser assassinada em Manaus; patroa obrigava vítima a se prostituir

Babá era obrigada a se prostituir e foi torturada antes de ser assassinada em Manaus
Babá era obrigada a se prostituir e foi torturada antes de ser assassinada em Manaus

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) forneceu novos detalhes sobre a prisão de Camila Barroso, acusada de envolvimento na morte brutal da babá Geovana Costa Martins, de 20 anos. A jovem foi encontrada morta em uma área de mata no dia 20 de agosto, apenas um dia após ser dada como desaparecida.

De acordo com o delegado Ricardo Cunha, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Geovana foi contratada por Camila para trabalhar como babá. Inicialmente, o trabalho parecia normal, mas a situação rapidamente se deteriorou quando Camila começou a aliciar a jovem, oferecendo luxos e privilégios para forçá-la a se envolver em exploração sexual.

Segundo a delegada adjunta Marília Campello, Camila alugava uma casa que também funcionava como um local de exploração sexual. A prisão de Camila foi acelerada devido a uma viagem que ela havia agendado para a Europa, o que levou as autoridades a agir rapidamente.

As investigações revelaram que Camila impôs uma série de restrições a Geovana, incluindo a proibição de contato com outras pessoas e a ameaça de dívidas fictícias. Quando a babá tentou escapar, foi severamente torturada e espancada, e seu corpo foi abandonado em uma área de mata no bairro Tarumã-Açú, zona oeste de Manaus.

Camila, que já tinha antecedentes por tráfico de drogas e afirmava ter sido casada com um traficante, foi presa no dia 28 de agosto. Durante a investigação, ela chegou a acusar o ex-namorado de Geovana, mas o delegado Cunha esclareceu que não há evidências de envolvimento dele no crime. O ex-namorado de Geovana apresentou mensagens que comprovam que Camila havia proibido qualquer contato entre eles.

As provas contra Camila incluem o carro usado para transportar o corpo da vítima, que será submetido a perícia. Além disso, Camila acompanhou a mãe de Geovana na delegacia para registrar um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento e também compareceu ao velório da vítima, onde demonstrou grande comoção.

Eduardo Gomes da Silva, filho da proprietária da casa usada para exploração sexual, também está sendo investigado pela polícia. Segundo a delegada Marília Campello, Eduardo tinha relações comerciais com Camila e pode ter tido papel na operação do local.

A Polícia Civil do Amazonas continua a investigação e solicita à população que forneça informações sobre o paradeiro de outros envolvidos. Denúncias podem ser feitas pelos números (92) 98118-9535 ou pelo 181, com a garantia de anonimato.

Geovana Costa Martins foi reconhecida no Instituto Médico Legal (IML) no dia 26 de agosto, e as circunstâncias de sua morte têm chocado a comunidade local, que aguarda justiça para a jovem vítima.

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