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Economia

IPCA: Veja os itens que mais pesaram no bolso dos brasileiros em 2024

Os dados foram divulgados nesta sexta (10) pelo IBGE, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país.

Os dados foram divulgados nesta sexta (10) pelo IBGE, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país. (Foto: Reprodução)

Gasolina, planos de saúde, refeições fora de casa, café e leite figuraram entre os itens que mais impactaram o orçamento dos brasileiros em 2024. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (10) pelo IBGE, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país.

Principais Contribuintes para a Inflação

A análise considera tanto o aumento percentual acumulado ao longo do ano quanto a representatividade de cada item no cálculo do índice. Veja os itens com maior impacto:

  • Gasolina: 9,71%
  • Planos de saúde: 7,87%
  • Refeição fora de casa: 5,7%
  • Leite longa vida: 18,83%
  • Condomínio: 6,25%
  • Ensino fundamental: 8,86%
  • Serviços bancários: 8,03%
  • Café moído: 39,6%
  • Carnes: 20,84%
  • Lanches: 7,56%

Gasolina

Principal responsável pela inflação de 2024, o preço da gasolina foi fortemente influenciado pela alta do dólar, que ultrapassou R$ 6 no final do ano. Como o petróleo — matéria-prima do combustível — é negociado na moeda americana, a valorização cambial teve efeito direto nos custos.

Saúde

Os reajustes dos planos de saúde também pressionaram o orçamento. Enquanto os planos individuais tiveram aumento de 6,91%, os coletivos, que não possuem teto regulado, subiram 13,8%, segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

Alimentação fora de casa

Comer fora ficou significativamente mais caro. Um levantamento da ABBT (Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador) revelou que a refeição completa mais barata custou, em média, R$ 37,44 — alta de 9,15% em relação a 2023. Para quem almoça 22 dias úteis fora de casa, o custo mensal ultrapassa metade de um salário mínimo.

Alta nos lácteos

A inflação do leite longa vida, de 18,83%, foi impulsionada por condições climáticas adversas, como as enchentes no Rio Grande do Sul, além de irregularidades no regime de chuvas ao longo do ano. Esses fatores dificultaram a produção, que só começou a se normalizar no segundo semestre.

Café salgado

O preço do café moído registrou aumento de 39,6% em 2024, uma das maiores altas do ano. O Brasil e o Vietnã, dois dos principais produtores globais, enfrentaram fenômenos climáticos extremos que comprometeram as lavouras. Além disso, os custos de insumos agrícolas, como fertilizantes, subiram devido à volatilidade cambial.

Em supermercados, o pacote de 1 kg foi comercializado, em média, a R$ 48,57 — valor bem acima dos R$ 35,09 registrados em janeiro, conforme a Abic (Associação Brasileira da Indústria do Café).

Maiores altas

Alguns itens agrícolas, essenciais na mesa do consumidor, também tiveram destaque negativo. As maiores altas de 2024 foram:

  • Laranja pera: 48,33%
  • Café moído: 39,6%
  • Óleo de soja: 29,21%
  • Leite longa vida: 18,83%

Perspectivas

Economistas apontam que 2025 pode trazer maior estabilidade de preços, caso os efeitos climáticos extremos sejam superados. “Com uma safra mais robusta e chuvas melhor distribuídas, espera-se que os custos diminuam e a inflação seja controlada”, explica André Braz, coordenador do FGV-IBRE.

Apesar das previsões otimistas, o impacto de itens básicos como café, óleo de soja e leite na cesta básica exige atenção, já que eles afetam diretamente o poder de compra da maioria dos brasileiros.

 

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