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Juiz revoga prisão do ‘bonde dos mauricinhos’ por trio ter residência fixa e bons antecedentes

Embora a prisão tenha sido revogada, os três estão proibidos de frequentar locais onde haja consumo de bebidas alcoólicas e precisam comparecer periodicamente à Justiça.

Juiz revoga prisão do 'bonde dos mauricinhos' por trio ter residência fixa e bons antecedentes
Os suspeitos foram acusados de uma série de atos de vandalismo e violência nas ruas de Manaus. (Foto: Reprodução)

Pedro Henrique Baima, Enrick Benigno Lima, ambos de 20 anos, e Marcos Vinícius Mota da Silva, de 18, tiveram as prisões revogadas pelo juiz Rivaldo Matos Norões Filho, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). Conhecidos como “Bonde dos Mauricinhos” devido à sua condição financeira e à influência de suas famílias na cidade, os suspeitos foram acusados de uma série de atos de vandalismo e violência nas ruas de Manaus.

O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) havia solicitado que a prisão temporária dos jovens fosse convertida em preventiva. No entanto, o juiz negou o pedido, argumentando que eles possuem residência fixa, bons antecedentes, e se apresentaram espontaneamente às autoridades. O juiz também destacou que os crimes investigados não são recentes, reduzindo a urgência de mantê-los presos.

Embora a prisão tenha sido revogada, os três continuam sujeitos a medidas cautelares. Pedro Henrique, Enrick, e Marcos Vinícius estão proibidos de frequentar locais onde haja consumo de bebidas alcoólicas ou drogas, precisam comparecer periodicamente à Justiça, tiveram a carteira de habilitação suspensa, e devem respeitar um toque de recolher noturno.

Em comunicado à imprensa, a defesa de um dos acusados elogiou a decisão judicial, destacando a sensibilidade das autoridades ao considerar os aspectos legais e reafirmando que está à disposição para colaborar com as investigações.

Os jovens são investigados após a divulgação de vídeos em redes sociais, onde aparecem realizando diversos crimes, como disparos de arma de fogo em locais públicos, vandalismo, atos de violência contra pessoas em situação de rua e desordem em estabelecimentos comerciais.

O vereador Rodrigo Guedes também se manifestou nas redes sociais, criticando a situação e sugerindo que as atitudes dos jovens refletem privilégios derivados de sua posição social.

A Polícia Civil segue avançando no caso e identificou outros três jovens que também podem estar envolvidos. Segundo o delegado Cícero Túlio, os novos suspeitos, identificados como Kaio Vale, Joaquim Neto e Enzo Benigno, participavam de um grupo de mensagens instantâneas onde compartilhavam vídeos dos atos cometidos. A identidade da pessoa responsável por publicar o conteúdo online ainda não foi revelada.

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