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Política

‘Kids Pretos’: Moraes autoriza transferência de militares investigados no inquérito do golpe

Os investigados são membros das Forças Especiais do Exército, treinados para missões de alta sensibilidade política e em ambientes hostis.

O general Mário Fernandes já foi indiciado pela Polícia Federal no inquérito do golpe, enquanto Rodrigo Bezerra permanece como investigado (Foto: Divulgação/Exército)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda-feira (2) a transferência do general da reserva Mário Fernandes e do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo para Brasília. Ambos são militares investigados no inquérito que apura a suposta tentativa de golpe de Estado em 2022, que visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os militares, detidos preventivamente na Operação Contragolpe, da Polícia Federal, estavam presos no Rio de Janeiro. Com a decisão, passarão a cumprir prisão nas instalações do Comando Militar do Planalto (CMP), em Brasília. Moraes também permitiu visitas de esposas, filhos e advogados, condicionadas às normas do batalhão. Outras visitas precisarão de autorização prévia do STF.

Fernandes e Azevedo são membros das Forças Especiais do Exército, grupo de elite conhecido como “kids preto”, treinado para missões de alta sensibilidade política e em ambientes hostis. O general Mário Fernandes já foi indiciado pela Polícia Federal no inquérito do golpe, enquanto Rodrigo Bezerra permanece como investigado.

Na semana anterior, o ministro Alexandre de Moraes determinou a retirada do sigilo do inquérito, que também envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro. O relatório final foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá sobre o oferecimento de denúncia contra os militares.

Devido ao recesso de fim de ano do Supremo, que vai de 20 de dezembro a 1° de fevereiro, a apresentação de eventuais denúncias pela PGR deve ocorrer apenas em 2025. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, analisará as conclusões da PF para decidir os próximos passos no caso, incluindo a formalização de acusações contra Bolsonaro e outros indiciados.

*Com informações da Agência Brasil e CNN

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