Nesta quinta-feira (19), Manaus amanheceu mais uma vez encoberta por uma densa camada de fumaça, com a qualidade do ar classificada entre “muito ruim” e “péssima”. O alerta foi emitido pelo Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que monitora a qualidade do ar na capital.
A principal causa dessa situação é o aumento no número de queimadas, que têm gerado focos de incêndio diários em Manaus e em diversos municípios do interior do Amazonas. Até o último dia 17 de setembro, o estado já acumulava 19.996 focos de calor, consolidando 2024 como o ano com o segundo maior número de queimadas em 27 anos, de acordo com os dados oficiais.
Entre as áreas mais afetadas pela fumaça estão bairros como Colônia Terra Nova, Tarumã, Ponta Negra, Aparecida e Morro da Liberdade. Moradores dessas regiões têm relatado uma alta concentração de poluentes no ar.
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A previsão meteorológica para o restante do dia também não traz alívio. O tempo deve seguir com calor intenso e abafado, e há expectativa de chuvas isoladas, que, apesar de esperadas, não deverão ser suficientes para amenizar os impactos da poluição atmosférica causada pelas queimadas.
A situação em Manaus reflete uma crise ambiental de larga escala, afetando a saúde pública e destacando a urgência de medidas mais eficazes de combate ao desmatamento e controle das queimadas.