Em um desdobramento recente do caso envolvendo o “bonde dos mauricinhos”, suspeitos de integrar uma quadrilha que cometeu diversos crimes nas ruas de Manaus, o Ministério Público do Amazonas (MPAM) emitiu parecer favorável à revogação da prisão preventiva dos acusados neste domingo (27). Os jovens, identificados como Pedro Henrique Baima e Enrick Benigno Lima, ambos de 20 anos, e Marcos Vinícius Mota da Silva, de 18 anos, tiveram suas prisões temporárias decretadas no último dia 22, mas continuam foragidos.
Os suspeitos foram filmados em atitudes de vandalismo e violência, incluindo disparos de arma de fogo para o alto, incêndios em locais públicos e destruição de estabelecimentos comerciais, ações que geraram indignação na comunidade. Segundo o delegado Cícero Túlio, responsável pela investigação, o caso está em andamento no 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP).
Após os dois juízes plantonistas se considerarem suspeitos para atuar no processo, o caso foi encaminhado ao Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), que deverá designar um novo magistrado para decidir sobre o pedido da defesa. O advogado que representa os jovens afirmou que, em sua opinião, a prisão é desnecessária, ressaltando que os envolvidos se mostraram dispostos a colaborar com a polícia. Contudo, ao tentarem se apresentar à delegacia no dia 23 de outubro, a abordagem foi recusada pelo delegado, que alegou restrições devido ao período eleitoral.
De acordo com Cícero Túlio, a apresentação pode ser feita após a vedação eleitoral. “Se quiserem se apresentar na quarta-feira, quando a vedação quanto ao cumprimento de mandados já tiver passado, eles serão muito bem recebidos”, afirmou.
As ações dos jovens, filmadas e divulgadas nas redes sociais, incluem ainda ofensas a pessoas em situação de rua e rachas em ruas residenciais, características que evidenciam a gravidade da situação. Em uma operação realizada no dia 21 de outubro, a SSP-AM e o DIP cumpriram mandados de busca em residências relacionadas aos suspeitos, mas eles não foram localizados e são considerados foragidos.