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Nicolás Maduro toma posse do terceiro mandato em meio a contestações políticas e crise internacional

Líder chavista toma posse em meio a contestações sobre resultado eleitoral.

Medida ocorre após Maduro afirmar que eleição no Brasil não é auditada (Foto: Alfredo Lasry/Getty Images)

Nesta sexta-feira (10), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tomou posse para seu terceiro mandato consecutivo durante uma cerimônia realizada na Assembleia Nacional, em Caracas. O evento ocorre em um contexto de turbulência política, com contestações sobre o resultado das eleições presidenciais realizadas em julho de 2024 e acusações de repressão violenta contra opositores.

O cronograma oficial incluiu:

  • 12h30: Saída de Maduro do Palácio de Miraflores em direção à Assembleia Nacional;
  • 13h00: Início da cerimônia de posse;
  • 13h30: Juramento e apresentação da faixa presidencial;
  • 13h45: Discurso inaugural de Maduro;
  • 14h30: Saída da Assembleia Nacional;
  • 16h00: Segundo discurso ao público.

A posse contou com uma extensa programação e reuniu aliados políticos de Maduro, mas também destacou o isolamento internacional enfrentado por seu governo.

Contestação

As eleições de 28 de julho de 2024 geraram ampla controvérsia. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), alinhado ao chavismo, declarou Maduro vencedor sem divulgar a contagem de votos. Em contrapartida, a oposição apresentou dados que apontam uma vitória esmagadora de Edmundo González, candidato opositor, exilado atualmente na Espanha.

Análises independentes sugerem que as contagens publicadas pela oposição são prováveis e confiáveis, o que levou países como os Estados Unidos a reconhecerem González como presidente eleito.

Oposição

Milhares de venezuelanos protestaram contra os resultados logo após a votação, pedindo transparência no processo eleitoral. As manifestações foram reprimidas com violência pelas forças de segurança, resultando em confrontos nas ruas e detenções. Organizações de direitos humanos denunciam a existência de quase dois mil presos políticos no país.

Edmundo González tem intensificado seus apelos às Forças Armadas para que o reconheçam como líder legítimo e depositem Maduro. Em um discurso recente, prometeu retornar ao país para formar um novo governo e impedir o avanço de um terceiro mandato de Maduro.

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