Em uma nova ação de combate ao crime organizado, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou nesta quarta-feira a operação “Joeira”. Com alvos em Manaus e Boca do Acre, a operação mira policiais militares, um policial civil e civis envolvidos em uma suposta associação criminosa, investigada por crimes de corrupção, desvio de recursos e uso indevido da estrutura pública para fins ilícitos.
As investigações, que avançaram com o apoio da Polícia Civil e da Polícia Militar, apontaram a participação de agentes públicos em crimes como associação criminosa, furto qualificado, falsidade ideológica, peculato e corrupção passiva. A Justiça autorizou bloqueio e apreensão de bens no valor de mais de R$ 1 milhão, destinados a cobrir os danos causados ao Estado do Amazonas e à população afetada.
Entre os acusados está um oficial da Polícia Militar de Boca do Acre, suspeito de coordenar o esquema e de usar sua posição para obter vantagens ilegais. As apurações indicam que ele e outros membros do efetivo local desviaram recursos públicos e praticaram o esquema conhecido como “rachadinha”, em que parte do salário de subordinados é retida e entregue a superiores. As investigações revelaram ainda que os valores desviados foram usados para a compra de bens de luxo, como imóveis e veículos de alto padrão.
Na ação, foram apreendidos mais de R$ 30 mil em espécie, além de bens de luxo localizados em condomínios de alto padrão em Manaus e materiais com características de entorpecentes. A descoberta evidencia o impacto do esquema na ordem pública e levanta preocupações sobre a credibilidade das instituições de segurança no estado.
O Ministério Público reforçou seu compromisso com a integridade das instituições e com o combate à corrupção, afirmando que a operação continuará em busca de novas provas para responsabilizar todos os envolvidos e garantir a reparação dos danos causados.