A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa a redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais, conhecida como PEC da escala 6×1, ganhou novos apoiadores entre os parlamentares do Amazonas. O deputado federal Sidney Leite (PSD) anunciou, na última terça-feira (12), sua adesão à proposta, tornando-se o quarto parlamentar do estado a assinar o documento. A PEC propõe alterar a atual jornada de seis dias de trabalho seguidos de um de folga para uma jornada de quatro dias de trabalho, com 36 horas semanais.
Sidney Leite defendeu que a reforma administrativa deve ser encarada com coragem pelo Congresso, destacando a necessidade de uma revisão sobre os altos salários em diversas esferas do serviço público.
Na mesma data, o deputado Fausto Júnior (UB) oficializou sua assinatura, comentando sobre a relevância de uma análise profunda da proposta, levando em consideração os impactos econômicos e sociais de uma possível redução na jornada de trabalho. Por sua vez, o deputado Amom Mandel (Cidadania) também anunciou seu apoio à PEC, após um período de críticas em relação à sua posição inicial, prometendo em breve mais detalhes sobre sua decisão.
O deputado Saullo Vianna (PTB) foi o primeiro parlamentar do Amazonas a assinar a PEC, e tem se posicionado favorável à mudança, utilizando suas redes sociais para reforçar o apoio à redução da carga de trabalho.
A PEC 6×1 tem gerado grande repercussão em todo o Brasil, especialmente após o movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que defende a mudança nas escalas de trabalho, ser intensamente divulgado nas redes sociais. A proposta visa oferecer mais tempo de lazer, convivência familiar e até mesmo oportunidades de aprimoramento profissional para os trabalhadores, que, segundo os defensores da PEC, são prejudicados pela escala de seis dias de trabalho contínuos.
A deputada Erika Hilton (PSOL-SP), autora da proposta, afirmou que a PEC foi inspirada em um abaixo-assinado que já reuniu mais de 2,3 milhões de assinaturas online. Ela destaca que o objetivo é garantir o direito do trabalhador ao lazer e à convivência familiar, aspectos que seriam prejudicados pela carga de trabalho atual.
Apesar da crescente adesão, a PEC ainda busca completar 171 assinaturas para ser debatida na Câmara dos Deputados. Para ser aprovada, a proposta necessita do apoio de 308 parlamentares em dois turnos de votação.
A pressão popular sobre os parlamentares tem sido um fator determinante no avanço da proposta.