A pobreza atingiu mais de 50% da população nos primeiros seis meses do governo de Javier Milei. É o que apontam os dados recentes revelam que a taxa de pobreza, que era de 41,7% no segundo semestre de 2023, subiu para uma média de 52% no primeiro semestre de 2024.
A Universidade Católica da Argentina (UCA) constatou que, no primeiro trimestre, o índice de pobreza chegou a 55,5%, mas recuou para 49,4% no segundo trimestre, indicando uma leve melhora após o período mais crítico da crise.
As políticas de austeridade implementadas por Milei, que assumiu o governo em dezembro de 2023, visam controlar a dívida do país. Essas medidas foram elogiadas por investidores e mercados por sua contribuição para o ajuste das finanças do Estado, mas também resultaram em uma recessão profunda, afetando diretamente a população, especialmente as classes mais vulneráveis.
O primeiro trimestre de 2024 foi marcado por uma deterioração econômica significativa, segundo o Observatório da UCA, com o fechamento de refeitórios populares e a redução de subsídios governamentais, o que agravou ainda mais a condição de milhares de famílias. Entretanto, o país apresenta sinais de recuperação nos meses mais recentes, sugerindo que o pior momento da crise pode ter passado.
Como forma de mitigar os impactos da recessão, o governo ampliou dois programas sociais: o Subsídio Universal para Crianças e um programa de Cartão Alimentação. Essas iniciativas têm sido essenciais para sustentar muitas famílias que vivem em situação de vulnerabilidade, em meio aos desafios econômicos que o país enfrenta.
Apesar dessas medidas, a situação econômica da Argentina continua preocupante, com milhões de cidadãos ainda vivendo na linha da pobreza, sofrendo os efeitos das políticas de austeridade adotadas em meio à busca por estabilidade financeira.
Agência Brasil