A região amazônica enfrenta uma das estiagens mais severas já registradas, com o nível do Rio Negro em Manaus marcando 14,30 metros nesta terça-feira (24), a apenas 1,60 metros da seca histórica registrada em 2023. Dados do Porto de Manaus revelam que, na mesma data do ano passado, o rio apresentava um nível de 15,88 metros, evidenciando uma queda de 1,58 metros.
Com a situação crítica, Manaus está em estado de emergência devido à seca. A famosa praia da Ponta Negra foi interditada para banho, uma medida necessária em virtude do rebaixamento do nível das águas. Na orla, formações de bancos de areia têm surgido, obrigando as embarcações a se afastarem dos locais habituais de atracação.
Especialistas de órgãos ambientais alertam que, segundo previsões, o Amazonas pode enfrentar uma seca severa em 2024, semelhante ou até pior do que a vivida no ano passado. O coronel Clóvis Araújo, secretário adjunto da Defesa Civil do Amazonas, afirmou que o pico da seca histórica de 2023 foi alcançado na primeira quinzena de outubro, e que para este ano, a expectativa é de que o nível mais baixo seja atingido antes dessa data.
A descida do Rio Negro tem sido alarmante: em agosto, o nível do rio caiu 5 metros, enquanto em setembro, apenas nos primeiros 24 dias, o rebaixamento já superava 5,24 metros. Nas últimas 24 horas, o rio registrou uma nova queda de 19 centímetros.
Esses dados reforçam a urgência de ações de mitigação e adaptação para lidar com as consequências das mudanças climáticas na região, impactando não apenas o meio ambiente, mas também a vida da população local.