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Meio Ambiente

Seca no Rio Madeira dificulta transporte fluvial e deixa balsa com 400 motos encalhada há mais de 40 dias

Devido à estiagem que atinge a região Norte, balsas ficam paradas ao longo do rio, à espera de melhores condições para navegação.

A embarcação deveria ter chegado no dia 24 de setembro (Foto: Rede Amazônica)

A seca extrema no Rio Madeira tem causado um impacto severo no transporte de cargas na região Norte, onde uma balsa com aproximadamente 400 motocicletas está encalhada há mais de 40 dias no trecho entre Manaus e Porto Velho, sem previsão de liberação. A embarcação deveria ter chegado no dia 24 de setembro, mas ficou presa em um banco de areia devido ao baixo nível das águas.

Desde então, a distribuição dos veículos em Rondônia e Acre tem sido prejudicada. “Essas 400 motos encalhadas estão gerando transtorno para os clientes. Buscamos alternativas logísticas, mas a situação não tem sido fácil”, afirmou Natani Lima, gerente de uma das concessionárias que aguarda os veículos. Antes da seca, o transporte entre Manaus e Porto Velho durava cerca de 15 dias.

O Rio Madeira é uma das mais importantes rotas de transporte da região, essencial para o fluxo de cargas entre o Norte e outras regiões do país. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a hidrovia do Madeira possui mais de 1.000 km² de extensão navegável e é um dos principais corredores para produtos como grãos e combustíveis.

Desde julho, com o agravamento da seca, as embarcações foram proibidas de navegar durante a noite e na manhã desta quarta-feira (30), o nível do rio no trecho indicado registrava apenas 76 centímetros, intensificando as dificuldades de navegação.

Em setembro, pela primeira vez na história, as operações do Porto de Porto Velho foram paralisadas. Armadores e operadores suspenderam suas atividades devido às condições de navegabilidade. Com o Madeira temporariamente “inavegável”, concessionárias foram forçadas a buscar rotas alternativas. O trajeto das motocicletas, antes feito pelo rio entre Manaus e Porto Velho, foi redirecionado para Belém e agora chega na capital de Rondônia pela BR-364.

Contudo, a mudança trouxe atraso nas entregas. “As motos que chegavam em 15 dias agora levam cerca de 25 dias, causando atrasos aos consumidores finais”, destacou Lima.

Até o momento, as balsas continuam paralisadas no Rio Madeira aguardando uma possível melhora no nível das águas.

*Com informações do portal G1

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