A presidente do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), Yara Lins, foi reeleita para o cargo em votação realizada nesta quinta-feira (7), após a aprovação de uma alteração no regimento interno da Corte em caráter de urgência.
A eleição, que ocorreu com a presença de sete conselheiros, teve 5 votos favoráveis à reeleição de Yara, incluindo o seu próprio voto, e um voto branco, do conselheiro Érico Desterro. O conselheiro Ari Moutinho, que esteve envolvido em polêmicas com a presidente no ano passado, não participou da votação, pois está de férias e não manifestou interesse em se envolver no pleito.
Os conselheiros Érico Desterro, Josué Cláudio Neto, Mário de Mello, além de Yara Lins, participaram da votação presencialmente. Já os conselheiros Júlio Pinheiro e Luis Fabian Barbosa votaram por meio de cartas.
O pleito também resultou na definição da nova composição da diretoria do TCE-AM, com Josué Cláudio Neto assumindo o cargo de vice-presidente, Luis Fabian Barbosa como corregedor, Mário de Mello como ouvidor e Júlio Pinheiro como coordenador da Escola de Contas Públicas.
O conselheiro Érico Desterro explicou que seu voto em branco foi uma forma de protesto.
Alteração regimental
A alteração do regimento, que possibilitou a reeleição de Yara Lins, foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) no início desta semana, após ser enviada pelo TCE no último dia 5 de novembro. A medida foi aprovada pelo Legislativo no dia seguinte, 6 de novembro. A alteração foi em caráter de urgência, o que gerou críticas e protestos, especialmente entre os membros da Corte.
Essa mudança no regimento ocorre em um contexto marcado por tensões internas dentro do TCE-AM. Em 2023, a eleição de Yara Lins para o cargo de presidente foi cercada de polêmica, especialmente em relação à exclusão do critério de antiguidade para a escolha da nova direção do Tribunal.
Na ocasião, a alteração do regimento antecipou a eleição e a posse da nova presidente. O conselheiro Ari Moutinho, que na época disputava a presidência, foi um dos principais críticos das mudanças e acabou envolvido em um conflito com Yara Lins, sendo denunciado pela presidente por agressões verbais e de gênero.
Em resposta às acusações de Yara Lins, Moutinho negou qualquer agressão, mas foi afastado do cargo por um período. Agora, em 2024, Moutinho está de férias e não manifestou interesse em participar da eleição para a presidência do TCE-AM. Seu afastamento da votação gerou especulações sobre a continuidade de tensões internas na Corte.
Com sua reeleição, Yara Lins permanecerá na presidência do TCE-AM até 2025.